sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Entre meninos...



Todas as formas de amor me comovem. Sou absurdamente a favor do amor. O mundo prima por obscurecer e oprimir o amor. Não existe maneiras corretas de amor. Todo e qualquer amor que preza pelo respeito e consideração entre os parceiros deve ser reverenciado. O amor em sua essência  já é por demais delicado. Nada é mais delicado e melindroso do que o Amor. Imaginemos então os amores que tiveram que vencer grandes conflitos para se tornarem possíveis. O amor entre o preto e o branco.Entre o rico e o pobre.Entre o ateu e o crente. entre o saudável e doente...Amores que são enquadrados nos diferentes nos extremos. Tenho por esses amores forjados na superação uma admiração confessa e incondicional. Imaginemos agora o amor que brota entre dois iguais, dois semelhantes do gênero, dois corpos biologicamente iguais que se desejam e se confundem. Dois iguais que se desejam. Meninos que amam Meninos! O amor entre meninos é uma explosão de indagações e preconceitos. Mas também suscita respeito e admiração. Eu admiro meninos que assumiram seus amores por seus meninos. Que juntos constroem uma história, um lar! Gosto de pessoas fortes. E nada requer mais resistência e bravura do que assumir o amor por um parceiro do mesmo sexo. Ser leal com seu corpo e seu desejo requer coragem e dignidade. Portanto, parabéns  aos meninos que junto a seus meninos venceram o preconceito, venceram a má vontade e puderam em fim alcançar a segurança, a tranquilidade e a felicidade ao lado dos seus amores.
Que sejam felizes esses meninos! E que o amor continue a traçar seu trajeto indiferente às diferenças e adversidades. E que vença sempre...Sempre...E sempre!








quinta-feira, 13 de setembro de 2012

GATOS

















Gatos são seres extraordinários. Com o tempo percebo quão fantásticos são os gatos.Admirá-los e entende-los é na verdade uma arte sofisticada. Só quem não os conhecem pode dizer que são falsos e egoístas. Essa é uma afirmação totalmente equivocada. Os gatos na realidade são seres extremamente inteligentes e não se permitem ser manipulados. Os gatos não são escolhidos eles escolhem a pessoa que será recebedora do seu amor. Gatos não tem donos. Gatos tem parceiros afetivos.Quando um gato elege um "dono" ele está elegendo a pessoa a quem ele terá e será fiel e companheiro. Quem cuida de um ou vários gatos conhece sua fidelidade e noção de pertencimento. É chegar em casa e ser abordado com enroscos, ronronados e  mordicadelas adoráveis.É sentar no sofá e tê-lo aconchegado no colo ou nas proximidades. Quem tem um gato nunca está só. Eles estão sempre por perto, sempre ao alcance dos afagos e carinhos. Gatos são intuitivos e de uma sensibilidade exacerbada, cheios de peculiaridades. um gato percebe quando vc está feliz, triste ou preocupado e ficam sempre ao seu lado de forma suave e não invasiva.
Gatos são sedutores por natureza e como são lindos e macios como uma pelúcia conseguem sempre o que querem.Por isso são sempre, sempre mimados. Quem tem gatos são são sempre seduzidos e dominados por seus caprichos. Gatos amam água limpa, lugares macios, arejados e silenciosos. Gatos assim como as rosas são um luxo da natureza e não é de se estranhar que tenham sido sagrados e profanos em outros tempos e várias civilizações. Amar e cuidar de um gato e uma arte. Desvendar as complexidades de um felino doméstico é tão lúdico que facilmente se torna uma necessidade quase imperiosa a se repetir. E muito difícil ter apenas um gato. Os gatos e suas cores fascinantes vão nos conquistando. São gatos amarelos, malhados, bi colores, tigrados, churriados, brancos e pretos. Todos lindos! Eu já os tive de todas as cores. Tantos foram os que resgatei, cuidei e encaminhei para os cuidados de pessoas de bem. Tantos foram os que chegaram e se aninharam em meu coração.Tantos foram os que sismaram de partir definitivamente( É uma pena...Mas eles morrem!) São tantos os gatos de minha vida...São tantas historinhas permeadas de ternura, que sou mais do que uma mulher que gosta de gatos, na verdade, sou uma gata que inadvertidamente se aconchega no corpo de uma mulher.
Gatos...gatos... gatos... Se não for para amá-los e respeitá-los mantenha-os distantes. Já aqueles que desejam domar essa saborosa arte felina, sejam bem vindos! Adquiram seus filhotes conquistem a confiança deles e preparem-se para se surpreenderem e se enaltecerem todos os dias com os seus encantos, seus dengos e peraltices.


























































segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Pátria minha!



A minha pátria é como se não fosse, é íntima
Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo
É minha pátria. Por isso, no exílio
Assistindo dormir meu filho
Choro de saudades de minha pátria.

Se me perguntarem o que é a minha pátria direi:
Não sei. De fato, não sei
Como, por que e quando a minha pátria
Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água
Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
Em longas lágrimas amargas.

Vontade de beijar os olhos de minha pátria
De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos...
Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias
De minha pátria, de minha pátria sem sapatos
E sem meias pátria minha
Tão pobrinha!

Porque te amo tanto, pátria minha, eu que não tenho
Pátria, eu semente que nasci do vento
Eu que não vou e não venho, eu que permaneço
Em contato com a dor do tempo, eu elemento
De ligação entre a ação o pensamento
Eu fio invisível no espaço de todo adeus
Eu, o sem Deus!

Tenho-te no entanto em mim como um gemido
De flor; tenho-te como um amor morrido
A quem se jurou; tenho-te como uma fé
Sem dogma; tenho-te em tudo em que não me sinto a jeito
Nesta sala estrangeira com lareira
E sem pé-direito.

Ah, pátria minha, lembra-me uma noite no Maine, Nova Inglaterra
Quando tudo passou a ser infinito e nada terra
E eu vi alfa e beta de Centauro escalarem o monte até o céu
Muitos me surpreenderam parado no campo sem luz
À espera de ver surgir a Cruz do Sul
Que eu sabia, mas amanheceu...

Fonte de mel, bicho triste, pátria minha
Amada, idolatrada, salve, salve!
Que mais doce esperança acorrentada
O não poder dizer-te: aguarda...
Não tardo!

Quero rever-te, pátria minha, e para
Rever-te me esqueci de tudo
Fui cego, estropiado, surdo, mudo
Vi minha humilde morte cara a cara
Rasguei poemas, mulheres, horizontes
Fiquei simples, sem fontes.

Pátria minha... A minha pátria não é florão, nem ostenta
Lábaro não; a minha pátria é desolação
De caminhos, a minha pátria é terra sedenta
E praia branca; a minha pátria é o grande rio secular
Que bebe nuvem, come terra
E urina mar.

Mais do que a mais garrida a minha pátria tem
Uma quentura, um querer bem, um bem
Um libertas quae sera tamem
Que um dia traduzi num exame escrito:
"Liberta que serás também"
E repito!

Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa
Que brinca em teus cabelos e te alisa
Pátria minha, e perfuma o teu chão...
Que vontade de adormecer-me
Entre teus doces montes, pátria minha
Atento à fome em tuas entranhas
E ao batuque em teu coração.

Não te direi o nome, pátria minha
Teu nome é pátria amada, é patriazinha
Não rima com mãe gentil
Vives em mim como uma filha, que és
Uma ilha de ternura: a Ilha
Brasil, talvez.

Agora chamarei a amiga cotovia
E pedirei que peça ao rouxinol do dia
Que peça ao sabiá
Para levar-te presto este avigrama:
"Pátria minha, saudades de quem te ama...
Vinicius de Moraes."
 ·  ·  · 

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

domingo, 2 de setembro de 2012

Setembro dourado...

Recebo Setembro com rosas...

Vou juntar a elas a cor do sol...


Rosas amarelas! 


Recebo Setembro com rosas cor do ouro...


Cor da energia...


Cor da fartura e da alegria...


Recebo Setembro com Rosas...

Todas a me confundir...

Todas belas...Rosas de Setembro
!